Uma nova modalidade de roubo foi desbaratada após seis meses de investigação da Polícia Civil e do Ministério Publico: o roubo de combustível diretamente dos dutos da Transpetro e da Petrobras. A estimativa é de que o prejuízo chegue a R$ 25 milhões. A quadrilha agia em todo o país, inclusive na nossa região. Foram descobertas pelo menos 12 perfurações nos dutos que cortam Carapebus e Quissamã.
Nesta sexta-feira, foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva e, até agora, sete pessoas foram sido presas, uma delas no Paraná.
Segundo a polícia, o grupo agia em cinco estados da região Sudeste — Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo — e também no Paraná.
– Conseguimos identificar toda a cadeia criminosa, desde as lideranças, os responsáveis pelas perfurações, as pessoas que também eram responsáveis pelo transporte do combustível até o Paraná. Esse grande receptor que foi preso agora. Ele tinha um grande galpão e receptava 80% desse combustível que era subtraído, que era furtado, explico o delegado responspavel pelo caso, Felipe Curi.
Além do dano financeiro, a quadrilha também causava uma série de danos ambientais e um número indeterminado de vítimas. Segundo as investigações, os suspeitos instalavam torneiras diretamente nos dutos e usavam longas mangueiras, para que o armazenamento do produto furtado acontecesse em locais mais discretos.
O transporte dos combustíveis furtados era feito em caminhões-baú adaptados com vários reservatórios, em vez de caminhões-tanque, a fim de despistar a polícia. O bando mobilizava homens armados nos furtos, para garantir a segurança da quadrilha, e batedores nas estradas, a fim de avisar da presença de policiais.
Além do prejuízo financeiro, a delegacia especializada destacou que havia riscos ambientais e operacionais com os furtos. Os roubos derramavam petróleo no solo e tinham perigo de explosão, e depois o fluxo de óleo tinha que ser interrompido para a Petrobras recompor os dutos perfurados.
– São mais seis meses de investigação. E agora a gente conseguiu identificar toda a cadeia criminosa. É importante ressaltar que essa operação é da Polícia Civil em conjunto com o Gaeco, aqui do estado do Rio de Janeiro, explica o delegado.
Fonte: G1
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